Nesta quarta-feira, 01/10, na Mostra Paradiso, o filme "As Confissões de Schmidt".
Direção:
Alexander Payne
Elenco: Jack Nicholson, Kathy Bates, Hope Davis, Dermot
Mulroney, June Squibb
COMENTÁRIO: Sempre procuro
perceber a qualidade do trabalho do Diretor de um filme, mas a confirmação vem
pela sequência deles. É o caso de Alexander Payne, um dos melhores diretores
americanos em atividade. Poderia ter incluído qualquer um de seus filmes, como
“Sideways – Entre umas e outras” ou o recente “Nebraska”. Na sua obra, se
destaca a abordagem dos personagens maduros ou idosos, o que por si só já é
revolucionário, numa era de culto à juventude. A trajetória de um recém-aposentado
talvez seja o melhor trabalho de Jack Nicholson, que levou o Globo de Ouro. O
final é um exemplo da emoção que aflora das coisas simples e inesperadas,
típico de Payne. Filme essencial na definição de “dramédia”, neste século.
CONEXÃO: Nem é preciso dizer que a nossa
cidade conta com forte presença de idosos e aposentados e o filme mostra as
várias idiossincrasias destas pessoas.
Next Friday, 09/26 at 7h pm, we will display the second view of "Cycle Cinema in English", presenting the film "Her", with audio and english subtitles.
Synopsis: Theodore Twombly has built his career on expressing the emotions that others cannot. His job is to pen heartfelt, deeply personal letters to complete strangers based on details provided by the clients of the company he works for, and he has a knack for finding just the right words for every occasion. Meanwhile, reluctant to sign the papers that will finalize his divorce to his childhood sweetheart, depressed Theodore has slowly withdrawn from his supportive social circle, which includes his longtime friend Amy , herself floundering in a failed marriage. When Theodore purchases a new state-of-the-art computer operating system with the ability to learn and grow with the user, he sits down at his desk and prepares to get his life in order. Adopting the name Samantha, the perceptive software slowly begins to bring Theodore out of his shell by encouraging him to start dating again, and joining him everywhere he goes.
Nesta quarta-feira, 24/09, estréia a Mostra Paradiso, com o filme "Quase Famosos".
Direção:
Cameron Crowe
Elenco: Patrick Fugit, Billy Crudup, Kate Hudson, Frances
McDormand, Jason Lee, Philip Seymour Hoffman, Anna Paquin, Zooey Deschanel,
Jimmy Fallon
Mídia:
Blu-ray
COMENTÁRIO*: Essa delícia de
filme que mistura personagens verídicos com ficcionais é um dos melhores
representantes da música moderna no cinema. É um Road Movie musical, com
sacadas sérias e cômicas, sobre o Rock anglo-americano dos anos 70. A
utilização de canções existentes é impecável, além das ótimas músicas compostas
para a banda fictícia Stillwater. De quebra, envolve o amadurecimento do
personagem principal, jovem aspirante a escritor musical, baseado na própria
experiência do diretor.
CONEXÃO*: Um filme que apresenta
muito para se inspirar e se identificar; no caso, a forte presença destes
estilos de música entre parte das pessoas da nossa cidade, desde aquela época;
o que me inclui, junto com grandes círculos de amizades, na infância e
adolescência.
A Mostra Paradiso busca ilustrar estes
últimos 15 anos da Vídeo Locadora Paradiso, que incluem a parceria com o Cineclube Lanterna Mágica. Onde nossa parceria possui um valor inestimável,
oferecendo esse contato direto com o público em relação à sétima arte,
mostrando e discutindo filmes, e sempre percebemos que isso é uma aspiração de
parte do público de vídeo. A seleção destes filmes tenta exemplificar a
variedade de bons títulos que marcaram este período, que representam, de forma
marcante, algumas das facetas do acervo da locadora. Você que é fã de cinema venha participar toda quarta-feira às 19h de 24/09 a 19/11
no Cineclube Lanterna Mágica. A seleção e os comentários dos filmes foram feitos pelo Marcelo Datoguea, proprietário da Paradiso... Confira a lista e venha prestigiar a Mostra!!!
24/09 > Quase Famosos (Almost
famous)(EUA
/ 2000)
Direção:
Cameron Crowe
Elenco: Patrick Fugit, Billy Crudup, Kate Hudson, Frances
McDormand, Jason Lee, Philip Seymour Hoffman, Anna Paquin, Zooey Deschanel,
Jimmy Fallon
COMENTÁRIO: Essa delícia de
filme que mistura personagens verídicos com ficcionais é um dos melhores
representantes da música moderna no cinema. É um Road Movie musical, com
sacadas sérias e cômicas, sobre o Rock anglo-americano dos anos 70. A
utilização de canções existentes é impecável, além das ótimas músicas compostas
para a banda fictícia Stillwater. De quebra, envolve o amadurecimento do
personagem principal, jovem aspirante a escritor musical, baseado na própria
experiência do diretor.
CONEXÃO: Um filme que apresenta
muito para se inspirar e se identificar; no caso, a forte presença destes
estilos de música entre parte das pessoas da nossa cidade, desde aquela época;
o que me inclui, junto com grandes círculos de amizades, na infância e
adolescência.
01/10 > As confissões
de Schmidt (About
Schmidt)
(EUA / 2002)
Direção:
Alexander Payne
Elenco: Jack Nicholson, Kathy Bates, Hope Davis, Dermot
Mulroney, June Squibb
COMENTÁRIO: Sempre procuro
perceber a qualidade do trabalho do Diretor de um filme, mas a confirmação vem
pela sequência deles. É o caso de Alexander Payne, um dos melhores diretores
americanos em atividade. Poderia ter incluído qualquer um de seus filmes, como
“Sideways – Entre umas e outras” ou o recente “Nebraska”. Na sua obra, se
destaca a abordagem dos personagens maduros ou idosos, o que por si só já é
revolucionário, numa era de culto à juventude. A trajetória de um recém-aposentado
talvez seja o melhor trabalho de Jack Nicholson, que levou o Globo de Ouro. O
final é um exemplo da emoção que aflora das coisas simples e inesperadas,
típico de Payne. Filme essencial na definição de “dramédia”, neste século.
CONEXÃO: Nem é preciso dizer que a nossa
cidade conta com forte presença de idosos e aposentados e o filme mostra as
várias idiossincrasias destas pessoas.
08/10 > Adeus,
Lenin! (Good bye Lenin!)
(ALEMANHA / 2003)
Direção: Wolfgang Becker
Elenco: Daniel Brühl, Katrin Sass, Chulpan Khamatova,
Florian Lukas, Alexander Beyer
COMENTÁRIO: Esta “dramédia”
estilo europeu é certeira ao mostrar de forma humanizada as relações políticas,
num momento emblemático da transformação do Mundo, o finalzinho dos anos 80. É
sempre interessante observar os países da Cortina de Ferro, antes da queda do
Muro de Berlim, aqui a própria Alemanha Oriental, ainda separada. Na verdade, é
um olhar posterior a essa realidade, mas vale citar que existem muitas boas
produções destes países, feitas durante seus regimes ditatoriais. Esta é uma
história recheada de alusões e referências, onde prevalece a relação de amor e respeito
entre filho e mãe, sob condições inesperadas, mesmo com suas diferenças
geracionais, ideológicas e culturais.
CONEXÃO: Traço um óbvio paralelo
entre as mudanças mostradas na película e a transformação de Santos, de “cidade
vermelha” – e forte culturalmente – a uma comunidade bem mais conservadora, mas
diferentemente do reflorescimento daqueles países, apresentando alguns
retrocessos de postura.
COMENTÁRIO: A Argentina tomou a
ponta do cinema latino-americano, com filmes de qualidade e que agradam ao
público mais esclarecido. Este não é o vencedor ou o indicado ao Oscar de Filme
Estrangeiro, mas é uma das grandes parcerias de Campanella e Darín. A proximidade
maior de toda essa produção latina sempre foi com o cinema europeu, mas este é
um dos exemplos que aponta um estilo próprio. Entre situações leves e cômicas
em torno de um clube social em decadência, o filme escancara a melancolia da
mudança dos tempos. É um olhar afetuoso sobre as perdas consequentes de
opressões, como as financeiras. Maravilhoso exemplo de realidades pessoais e
localizadas que se transformam em universais.
CONEXÃO: Dentre todos os filmes
desta mostra (e dentre os estrangeiros, nos últimos tempos) é o que vejo como o
de ligação mais direta com a nossa cidade. A transformação, às vezes dolorosa,
de uma cidade e seus costumes, seja pela especulação imobiliária ou pela
implacável passagem do tempo.
29/10 > A vida dos outros (Das Leben der Anderen)
(ALEMANHA
/ 2006)
Direção:
Florian Henckel von Donnersmarck
Elenco: Ulrich Mühe, Sebastian Koch, Martina Gedeck, Ulrich
Kutur, Thomas Thieme
COMENTÁRIO: Outra produção que
enfoca a ex Alemanha Oriental, especificamente na sua falta de liberdade para
as pessoas que deveriam ser as mais criativas. Ficamos comovidos com a descoberta
de outras maneiras de pensar e viver pelo principal agente da polícia secreta,
que espiona um diretor de teatro; sua admiração por este traz dilemas que terá
que resolver. Interessante a colocação da eficiência dos alemães, que faziam
“todos os documentos em 3 vias” e seu impecável arquivamento. Impressionou uma
obra espetacular ser conduzida por um diretor estreante, que ainda faturou o
Oscar de Filme Estrangeiro.
CONEXÃO: A ditadura militar
brasileira, obviamente mudando-se a postura, em relação à socialista alemã, da
esquerda para a direita. Especificamente a censura, sempre forte na nossa
cidade.
05/11 > Casamento Silencioso (Nunta
muta)
(ROMÊNIA,
LUXEMBURGO, FRANÇA / 2008)
Direção: Horatiu Malaele
Elenco: Meda Andreea Victor,
Alexandru Potocean, Valentin Teodosiu, Luminita Gheorghiu
COMENTÁRIO: Este filme integra
uma seleta lista de histórias passadas em guerras ou ditaduras, que se iniciam de
forma leve para ir assumindo um tom mais sombrio. Aqui é a Romênia subjugada
pelo comunismo soviético, nos anos 50. É traçado um perfil dócil e até
indolente dos moradores de uma vila. Considero um dos filmes mais importantes
da chamada New Wave romena, e até incluo outros países vizinhos, todos com
pouca produção cinematográfica. Mas é justamente por isso que acho essencial
conhecermos o cinema desse tipo de procedência, que nos traz uma experiência
mais rara.
CONEXÃO: Além de ser mais um
paralelo de repressão política, é interessante ver a fragilidade de um povo,
que poderia ser o nosso. Mas a conexão mais direta que faço com estes filmes de
locais com produção menor é o fato da Vídeo Paradiso sempre contemplar no
acervo o maior número possível de países, dentro do que é lançado no mercado
brasileiro.
12/11 > As neves do Kilimanjaro
(Les neiges Du Kilimandjaro)
COMENTÁRIO: Este filme
representa a ponta oposta no volume de produções cinematográficas, que é a
França, o maior polo (depois de EUA e Inglaterra), incluindo coproduções. É
ambientado num grupo de pessoas da cidade de Marselha, ligadas ao seu porto.
Entre problemas causados por corte de empregados portuários e um assalto
sofrido pelos personagens centrais, a trama habilmente ressalta as relações
familiares e de amizade. Muito bom também o estudo da crise de consciência e consequências.
Mas tudo é encarado num tom leve, porém maduro.
CONEXÃO: Foi muito difícil escolher
um filme francês entre tantas pérolas destes 15 anos. Mas a ligação aqui é o porto,
tão essencial à nossa cidade e com seus trabalhadores tão prejudicados, neste
mesmo período.
19/11 > A vida secreta de
Walter Mitty (The secret life of Walter Mitty)
(ESTADOS
UNIDOS / 2013)
Direção: Ben Stiller
Elenco: Ben Stiller, Kristen Wiig, Jon Daly, Kathryn Hahn,
Adam Scott, Terence Bernie Hines, Sean Penn, Shirley MacLaine
COMENTÁRIO: Encerrando a Mostra
com uma produção bem recente, também aproveitei para chamar a atenção de alguns
que viram a cara para ela, principalmente em função da pessoa que a capitaneou,
Ben Stiller. Na verdade, Stiller como diretor fez comédias interessantes, mas
foi aqui o seu ponto alto: é um trabalho dedicado e com ternura. É o veículo
ideal para integração com a música, essa história de um cara tímido e sonhador,
com suas “trips” mentais, julgando seu trabalho numa grande revista de pouca
importância e que se atira ao Mundo para descobri-lo e a si mesmo. Além de ter
boas participações do elenco, com destaque para a fulminante presença (e
ausência, na maior parte do filme!) de Sean Penn, utiliza paisagens
sensacionais e incomuns, como a Groenlândia.
CONEXÃO: Esse clima aventureiro, da
busca, acaba sendo um pretexto para eu provocar uma reflexão sobre este
espírito de partir para outras terras, presente em tantos santistas. Seja por
vontade própria ou por necessidade profissional, esta evasão de “grandes cabeças”
tem sido constante e até avassaladora, para muitos que ficam e assistem seus
entes queridos se afastarem.