Uma grande homenagem aos anos 80
DRIVE (EUA, 2011), de Nicolas Winding Refn
O Cineclube Lanterna Mágica, da Unisanta, em parceria com a “Vídeo Paradiso”, publicará uma vez por semana o “#Fica a dica”, no blog do cineclube. Um novo espaço de contato com o espectador cinéfilo, com o objetivo de incentivar a formação de um olhar livre e expandido sobre a sétima arte. Você também pode participar, nos enviando por meio do e-mail cinelanterna@yahoo.com.br, sugestões de filmes que gostaria que fossem abordados no “#Fica a dica”. O filme de estréia é “Drive”, de Nicolas Winding Refn. Um filme que já nasceu Cult e rendeu o prêmio de Melhor Diretor, no Festival de Cannes, em 2011.
Filme de estréia
Baseado no livro de James Sallis, "Drive" aborda a história de um misterioso homem conhecido como Driver (Ryan Gosling, de "Amor a Toda Prova", em excelente atuação). Durante o dia ele trabalha como dublê de filmes de ação e como mecânico, ambos os serviços são administrados por Shannon (Bryan Crankston, da série "Breaking Bad"), mas quando escurece trabalha como motorista de bandidos e mafiosos. Driver ganha uma ótima representação aos olhos de Refn, pelo qual foca em sua feição séria, onde utiliza um fio de palha entre os lábios e um casaco no formato de escorpião (referindo-se ao curta finlandês da década de 60, “Scorpion Rising”), e ainda fica durante os 10 minutos iniciais sem pronunciar uma única palavra.
Mas tudo muda em sua vida quando nasce uma amizade com sua vizinha Irene (Carey Muligan, de "Educação"), e seu filho Benício, cujo Pai Standard (Oscar Isaac) está preso e ao sair da prisão, pede um serviço para Driver, que aceita sem cobrar nenhum centavo. Mas durante o assalto algo acaba dando errado, e resulta em uma fatalidade, que faz Driver se envolver em uma complexa trama com mafiosos, liderados por Bernie Rose (Albert Brooks). Já no decorrer da história, Driver demonstra-se um sujeito que pode se transformar da água para o vinho, como na cena do elevador pelo qual está com Irene, onde logo após um beijo, assassina um dos comparsas de Bernie com extrema violência (considerado como um dos momentos mais marcantes do filme).
Tudo isso resultou em ótimo trabalho graças às equipes de fotografia e trilha sonora, que apresentam, respectivamente, uma mescla entre as sequências aceleradas com um forte tom pálido, demonstrando uma visão melhor do drama entre os personagens, juntamente com o excelente trabalho do compositor Cliff Martinez (de “Contágio”), cujas melodias são mescladas com as músicas estilo dos anos 80, resultando em uma homenagem clara aos filmes desta época. Isso tudo reforça o trabalho do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, que propõe em “Drive” uma ótima dosagem no conteúdo das cenas de ação, dramáticas e de violência. Consequentemente, "Drive" é considerado por muitos como um grande Cult da nova geração. #Fica a dica!
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